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segunda-feira, 1 de março de 2021
terça-feira, 23 de fevereiro de 2021
A PESCARIA
Quando eu tinha 13 anos, eu
morava com a minha avó em uma cidade do interior de SP chamada Rio Claro, é bem
próxima da capital, cerca de 1h30m. Eu morava lá porque meu pai morreu e minha
mãe viajava muito a trabalho, e para não atrapalhar os estudos acabei ficando
com minha vó. Certo dia estava em uma chácara com ela, nós íamos sempre lá,
tinha um riacho que passava bem próximo as plantações e eu gostava muito de
pescar la. A chácara era de um amigo da minha vó, mas nós tínhamos porteira
aberta sempre. E muitas vezes estive lá sozinho, minha vó não ficava preocupada
pois sabia que eu não seria louco de nadar no rio próximo, eu sabia que tinha
correnteza e era muito fundo. Então eu ficava a beira pescando. Um dia estava
muito calor, chamei um colega para pescar comigo, não conhecia bem ele, nos
encontramos apenas 2x na chácara, ele era sobrinho do dono, e lá fomos nos,
chegando no riacho ele me disse:
Você pesca aqui??? E eu disse: Sim, sempre
pesco aqui e pego peixe.
E ele falou: Ah não, gosto de pescar no rio mesmo, la
no fundo do sítio.
E foi correndo na frente.
Eu não gostava muito de ir la,
pois sabia que era perigoso.
Chegando la nos acomodamos em baixo de uma árvore
e ficamos conversando e esperando o peixe pegar a isca.
Quando senti algo puxar a linha. Eu não tinha grandes
equipamentos, apenas uma vara de bambu mesmo e anzol. Ele tinha uma carretilha
muito boa, e boa isca também, mas quem acabou por pegar algo primeiro fui eu.
Começamos a puxar sem carretilha pois a única que eu tinha havia quebrado e colocávamos
a camisa na mão para não cortar e puxamos a linha bem rápido.
De repente a
linha se partiu e vi alguma coisa muito grande afundar. Então disse a ele,
estranho parece que não se mexia, apenas era pesado. E ele disse, eu vou ver.
Eu gritei; está louco! De jeito nenhum você entra nessa agua, aqui e muito
fundo!! E eu não sei o que era aquilo.
Então ele riu e foi pulando na água e
falando:
- Ahhhh deixa de ser mole. Eu conheço esse rio como a palma da minha
mão. E mergulhou.
Meu coração gelou, era a primeira vez que íamos juntos pescar
e eu nunca havia nadado no rio grande.
Eu fiquei na beira olhando, e ele subiu rápido e disse, você precisa me ajudar,
você não sabe nadar? E eu disse, sei sim, mas não vou entrar não, e ele disse
tem uma coisa muito legal aqui e eu quero pegar, se for um tesouro? Se for algo
que vale muito dinheiro?
Eu olhei pra ele com desconfiança e fiquei meio sem
jeito, ele parecia bem confiante e a correnteza não estava tão forte ali, dava
para nadar de boa.
Então resolvi entrar so um pouco, e fui entrando ate que
perdi o medo e mergulhei de vez.
Realmente tinha algo grande ali e parecia ser
de metal, fiquei tentando levantar, mas a agua do rio era muito escura em baixo
e eu não via o que realmente era. Mergulhei mais uma vez, e conseguimos
desencalhar quando aquele objeto veio a tona, era grande e circular, um metal diferente,
parecia meio azulado, meio amarelado, um metal que nunca tinha visto, aquilo
era realmente grande, mas dentro da agua tudo fica mais fácil levantar, levamos
ate a beira e aquilo era pesado também, não dava para tirar da água só nós
dois. Ele não queria compartilhar, ate poder ver o que tinha dentro daquilo, na
verdade não sabíamos nem se era algo de abrir. Na beira do rio, pude ver melhor
e aquilo era algo como uma tampa de panela grande, mas na parte de baixo tinha
uma cúpula redonda que cabia no máximo uma criança. Ficamos tentando achar uma
abertura, mas não tinha e ficamos ali
sem conseguir arrastar aquilo para fora, e também não conseguíamos virar,
resolvemos levar para dentro do rio novamente e virar o objeto dentro da água.
E assim fizemos. Ai sim pudemos ver que aquilo tinha uma abertura na parte de
baixo da cúpula. Quando tentamos abrir nada. Então Eu e meu amigo colocamos
aquele objeto bem apoiado nas pedras na beira do rio e ele correu na casa do
sitio para pegar algo pontiagudo para tentar abrir. Neste instante enquanto ele
foi na casa, algo se mexeu naquilo, dei um pulo para trás e fiquei olhando. Uma
pequena fenda se abriu e vi algo pular dentro daquilo. Fiquei meio assustado,
mas pensava ser algum peixe que entrou naquele objeto. E fiquei olhando. Neste momento
chegou o cachorro do meu amigo, e ficou latindo na beira do rio, olhando para
aquilo, derrepente uma garra saiu de dentro do negocio e agarrou o cachorro,
esse grunhiu de dor, e foi sugado para dentro do objeto. Fiquei em pânico. Um
monte de sangue começou a sair pela abertura do objeto, então vi que aquilo não
era natural, e muito menos da terra. Corri em direção a casa e meu amigo já vinha
chegando com um pe de cabra, eu estava pálido e ele disse:
- Que foi cara? Que
cara é essa?
E eu gaguejava tentando dizer:
- Seu cão. Seu seu seu, ele, pegou.
Matou, vamos correr, embora daqui. Rapido.
E ele me segurou. Como assim? Meu
cachorro não!
E foi em direção ao objeto.
Então eu corri atrás dele com a intenção
de segura-lo mas ele foi rápido e eu estava em choque.
Ele chegou e o objeto já
havia afundado no rio novamente, a beira do rio uma marca de sangue do
cachorro, ele ficou olhando e pulou na agua.
Então eu gritei: NNNNaaaaaoooo!!!
Ele pegou seu cão. Ele vai te matar. E ele nadou e mergulhou, mas aquilo já não
estava mais lá.
E assim Foi minha última pescaria no rio.
Desde então contamos
para todo mundo, e todos diziam que era conversa de pescador. E ele disse que seu
cachorro morreu la, e as pessoas pensavam que era uma onça ou algo parecido que
havia pegado o cão, mas nós sabíamos ou melhor eu sabia.
E ate hoje nunca mais
tive coragem de entrar em nenhum lugar de água. Na escuridão do fundo de qualquer lago ou mesmo do mar, não conhecemos nem um terço do que existe submerso e isso me apavora.
Fim
domingo, 21 de fevereiro de 2021
Quarto andar
Quando resolvemos mudar para o apartamento, imaginávamos que
seria uma ótima idéia para diminuir os gastos, pois a antiga casa me dava
arrepios. Era enorme e muito escura, eu tenho certeza que era perseguido por
fantasmas lá, mas nunca contei a Julia porque não queria apavorá-la, mas várias
vezes vi vultos, sentia arrepios, e odiava ficar só lá.
Para mim foi um alivio
sair de lá.
Bem agora é vida nova! Eu Mário, Julia minha esposa e Ana
minha pequena. Acho que estou eufórico, nossa mudança foi muito rápída, estamos
ajeitando tudo muito rápido, pois como estavamos acostumados a cuidar de uma
grande casa, agora um apartamento de 3 quartos era moleza. Tudo estava muito
bem, minha esposa conseguiu uma escola para minha filha bem pertinho de casa e
nós conseguiriamos buscá-la no horário todos os dias.
As coisas estavam tão bem que até melhorei o humor depois que perdi minha mãe
tudo ficou muito ruim, eu me sentia estressado todo tempo, este foi um dos
motivos para mudarmos de lá. Era muito triste, a casa tão grande sem ela. O
acidente nos deixou muito tristes e agoniados para sair da casa logo, mal
conseguiamos passar pela piscina, ela éra uma eximinia nadadora, ate agora não
entendemos como se afogou. Mas enfim... Vida nova. Chega de tristeza.
Os dias se passam rapido, tenho uma vontade imensa de ver
Ana começar a andar e falar novamente, ela tem 3 aninhos ja, mas depois do acidente com a avó, Ana
simplesmente parou de andar e falar.
Um dia chegamos na creche e a tia disse, hoje Ana falou
algo, mas não conseguimos entender. E tentou andar também. Nossa que novidade
boa! Estou muito feliz, disse a tia. Vamos insentivá-la mais em casa.
A tia sorriu e me entregou Ana.
Chegando em casa, Mario colocou Ana no cadeirão e começou a
preparar o jantar, hoje era seu dia de cozinhar, e ele gostava disso. Julia
ficaria até mais tarde no trabalho, eles tinham uma rotina bem corrida. Ana
sentada no cadeirão sorria e assistia o desenho na TV da cozinha, enquanto seu
pai preparava o Jantar. Mario ouviu a campainha e disse: - Meu amor só um
minuto o papai vai ver quem é e ja vem.
Correu na porta olhou pelo olho mágico e nada. Ao voltar a cozinha Ana estava
em pé no cadeirão, Mario voltou e levou um baita susto, pensou: Um pouco mais
que demorasse a voltar, meu Deus! nem sei o que seria. Pegou Ana e colocou no
chão sob um tapete de EVA colorido, com alguns brinquedos, e continuou a fazer
o jantar. Ana levantou-se apoiando-se na cadeira e ficou ali firme em pe,
passinho por passinho segurou na bermuda do pai, e ele olhou com espanto,
abaixou e a pegou no colo,
_ Meu Anjo! Que alegria!! Muito bem!
Que coisa maravilhosa! Mamãe vai ficar muito feliz quando
chegar!! As horas passam e mamãe não volta do trabalho. As 23.30h recebo uma
ligação, Julia sofreu um acidente. Ao sair do trabalho foi atropelada na frente
do prédio. Estava internada. Peguei Ana e fomos correndo para o hospital,
graças a Deus não foi grave, mas ela terá que ficar em casa, pois torceu o pé e
teve algumas escoriações. Ficamos no hospital e voltamos para casa, afinal Ana
tinha só 3 aninhos, precisava descansar e não conheciamos ninguem na nova
visinhança.
Julia recebeu alta logo pela manha, fomos buscá-la e ao chegar em casa, contei
a novidade à ela, Ana ja andava sozinha novamente. Julia ficou muito feliz,
pedi perdão por não contar ontem, estava tão preocupado que não lembrei quando
fui ao hospital. Como Julia ficaria em casa, preferiu ficar com Ana, então
nossa garotinha não foi à creche. Logo cedo no dia seguinte me despedi das
princesas e sai para o trabalho.
Ao chegar no trabalho, mal sentei na minha mesa e recebi uma
ligação de casa. Julia estava em pânico, Ana subiu na janela do apartamento e
ficou do lado de fora no beiral, um minuto que a deixei no sofa, explicou-se
Julia. Um minuto. Não entendo! Eu corri para casa e la chegando ja estava tudo
bem, porem não tinha cabeça para voltar ao
trabalho aquele dia, mandei por telas em todas as janelas do apartamento
e ficamos juntos toda tarde e noite.
As 2.45h da madrugada ouvi um barulho vir do quarto de Ana,
olhei na babá eletronica, Levei um enorme susto um vulto negro estava proximo a
porta, corri até la e me deparei com os roupões pendurados em um cabideiro.
Olhei Ana que dormia tranquilamente, e fui me deitar, 3.02h da madrugada,
novamente barulho vindo do quarto de Ana, desta vez não olhei a baba eletronica
corri no quarto e ao chegar na porta tenho certeza que vi algo sair pela
janela. Mas estamos no quarto andar pensei... Que será isso?
Fui até a janela do apartamento e olhei. era uma boa altura,
deve ter sido impressão. Fechei a janela completamente. Fechei as cortinas e ao
me virar para sair vi o mesmo vulto passando no corredor em frente ao quarto,
pensei que fosse Julia, ainda chamei, Julia, Julia. E nada. Então fui para
cama, e la chegando vi ela deitada como se não tivesse se mexido. Achei
estranho, chamei ela, que balbuciou hãã... Então não falei nada, estava na cara
que ela não havia saido da cama. Levantei, olhei todo apartamento e nada.
Aquela noite dormi muito mal. Fui trabalhar com sono. Passei um dia muito
cansativo no trabalho. E quando voltei Julia ja havia preparado o jantar e
havia saido com Ana.
Fui tomar um banho, entrei no chuveiro e deixei a agua cair nas costas, estava
exausto. Ouvi a porta bater. E chamei, Julia? Julia? Mas nada. Sai do banho e
fui me trocar. Ouvi novamente a porta ranger desta vez, como se abrissem
devagar.
Um vulto passou pela porta, e como sempre fui cético quanto
a espiritos e outras anomalias, corri para ver quem era. Na sala vi o poltrona
mexer-se sozinha. Não acreditei no que vi. Cheguei mais perto, e ela mexeu-se
novamente com força. Parei e fiquei ali sem ação. Neste instante a campainha
toca, é Julia que deixou Ana tocar, ela gostava do barulho da campainha.
Entraram e minha esposa quase caiu de susto ao me olhar, atrás de mim um vulto
negro sob as minhas costas quando minha filha olhou e disse, vovó.
Minha esposa começou a afastar-se e saiu correndo de volta
pela escada, para a saída, e eu ali parado sem entender nada. Quando olhei para o espelho que tinha no
corredor, minha mãe estava grudada nas minhas costas, mas na verdade o que se
via era algo estranho, que só quem a conhecia identificaria, aquilo não era
minha mãe. Fiquei em pãnico. Foi então que ela disse, não vou sem você. Pule pela janela e venha comigo ou levarei
sua filha.
Sabia que aquilo usava a lembrança da minha mãe para me
assustar, mas eu sabia que não era ela, ela éra uma pessoa doce, sensata,
honesta e muito amorosa, jamais voltaria para trazer desarmonia e horror a
minha vida. Fiquei firme e disse, ninguem vai morrer por você, vá embora agora!
Então ela disse, se não vier comigo amanha sua filha não acordará.
Julia lá na calçada do prédio olhava para o quarto andar, na
esperança de ver algo, e realmente viu, quando Mário acenou se despedindo e
depois pulou do quarto andar. Muitas pessoas disseram ver o vulto negro nas
suas costas ao pular, e Ana no colo de Julia apenas sorriu, olhou nos olhos de
Julia e disse, muito bem, agora somos só eu e você.
Fim
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021
Relato - 1944 Aracatuba
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
OS 7 FILMES DE TERROR BASEADOS EM HISTORIAS REAIS
2. O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA (1974)
Emily se chamava Anneliese Michel e pertencia a uma família alemã muito religiosa.
Em 1976, a garota morreu de desnutrição e desidratação. Muita gente, porém, alega que ela tinha um quadro de esquizofrenia e não recebeu tratamento adequado.
5. HORROR EM AMITYVILLE (2005)
Contudo, outras pessoas que moraram lá relataram casos bizarros. Em 1979, por exemplo, foi tirada uma foto no local que mostra um suposto garotinho com olhar demoníaco.
6. A HORA DO PESADELO (1986)